DO QUALIFYING AO PARAÍSO! Valentin Vacherot, o Primo Azarão, Choca o Mundo e Ganha $1.1 Milhão na Final Mais Inesperada da História do Tênis.

O ATP Masters 1000 de Xangai de 2025 terminou em uma atmosfera de pura surpresa e drama, confirmando seu status de um dos torneios mais espetaculares (e imprevisíveis) da China no ano. As finais de simples e duplas do domingo (12 de Outubro) coroaram novos campeões, mas o evento será lembrado, sobretudo, pelos contos de fadas improváveis e pela sombra das lesões que pairou sobre a quadra.

A Final de Simples: O Conto de Fadas dos Primos

Na final de simples, o inimaginável aconteceu: o monegasco Valentin Vacherot (vindo do qualifying!) superou seu primo e amigo de infância, o francês Arthur Rinderknech, com um placar de 4/6, 6/3 e 6/3.

Vacherot, que iniciou o torneio com apenas uma vitória em sua carreira no ATP Tour, alcançou o estrelato. O título rendeu-lhe 1.000 pontos no ranking, catapultando-o a um patamar jamais imaginado, e um prêmio de $1.124.380 (dólares). Rinderknech, que também teve uma campanha de superação, levou para casa 650 pontos e a quantia de $597.890 (dólares).

O detalhe mais surpreendente é a disparidade de pontuação pré-torneio. O salto de Vacherot foi estratosférico, saindo de uma posição modesta para um lugar de destaque, enquanto Rinderknech também obteve um ganho significativo em relação à sua classificação inicial, que não era de cabeça de chave.

VACHEROT VENCE O PRIMO RINDERKNECH NA FINAL DO MASTERS 1000 MELHORES MOMENTOS | Reprodução: ESPN Brasil | Canal YouTube

A Força Alemã nas Duplas

A final de duplas foi menos surpreendente em termos de ranking, mas não menos importante. A dupla alemã Kevin Krawietz e Tim Puetz (cabeças de chave 3) derrotou a parceria de André Göransson e Alex Michelsen por um duplo 6/4.

Os campeões de duplas dividiram o prêmio de $457.150 (dólares) e garantiram 1.000 pontos na corrida de duplas. Os vice-campeões levaram $242.020 (dólares) e 600 pontos para a dupla.

Polêmicas e a Crise Física: O Lado Amargo do Torneio

O Masters 1000 de Xangai, porém, foi marcado por uma série de controvérsias e problemas físicos que levantaram sérias questões sobre o calendário e a exigência do esporte.

Muitos jogadores enfrentaram problemas de saúde e lesões, incluindo alguns dos grandes favoritos. A longa temporada e as mudanças de fuso horário da rodada asiática parecem ter cobrado seu preço. A organização teve que lidar com uma quantidade acima da média de desistências (W.O.) e jogos onde os tenistas estavam visivelmente debilitados.

A principal polêmica se concentrou na intensidade da competição e na aparente falta de preparo físico de alguns atletas de ponta, evidenciada pelas derrotas precoces e por atuações abaixo do esperado. As longas horas em quadra e o formato estendido do Masters 1000 de 96 jogadores foram colocados sob escrutínio, com críticos sugerindo que o torneio está forçando os limites físicos dos atletas.

Apesar da beleza da história de Vacherot e Rinderknech, o triunfo dos primos é também um reflexo da turbulência, com os grandes nomes sucumbindo, abrindo espaço para os azarões. Xangai foi um sucesso de emoção, mas um alerta para a saúde dos tenistas.